Os trabalhadores da AIMA anunciam greve de agosto a dezembro. Eles reivindicam mais profissionais.

Com cerca de 25 exigências, os trabalhadores da Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) vão fazer greve de agosto a dezembro desse ano. O aviso foi entregue na semana passada ao governo, de acordo com um documento exposto ao Diário de Notícias.

Essa paralisação é direcionada ao trabalho suplementar nos dias de folga semanal obrigatória ou complementar e em feriados, além das horas extraordinárias. Dentre os funcionários, alguns já passam de 150 horas extras que não foram pagas dentro do prazo devido. Nos últimos meses, todos os profissionais estão cumprindo o número máximo de horas para responder ao grande volume de demanda da AIMA.

A Federação Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais convocou a greve, que vai abranger todos os trabalhadores da federação, independente do vínculo específico de trabalho. O órgão esteve reunido com os representantes Executivo no início de agosto, apresentando todas as reivindicações. O sindicato lamentou que o secretário de Estado não tenha participado da reunião.

Segundo o Diário de Notícia, a situação na AIMA é inaceitável e os funcionários estão tendo sua saúde e direitos afetados. Entre as preocupações estão a falta de trabalhadores e o burnout "devido ao excessivo número de horas de trabalho e a míngua de trabalhadores existentes em todos os setores". Também há críticas à direção da AIMA e falta de comunicação com a equipe. A federação ainda alerta para a falta de organização nos balcões de atendimento ao público.

Sem dúvidas, essa ação vai atrasar ainda mais os processos de regularização de estrangeiros que querem viver em Portugal. Arthur Sequeira acrescenta que até o Governo já reconheceu que a agência precisa de mais trabalhadores, "a única solução possível".