Entrar em Portugal e pedir título CPLP segue sem prazo, confirma ministro da Presidência

A abertura do canal CPLP vai ser ativada com responsabilidade, quando nós tivermos a certeza da capacidade de resposta", afirmou António Leitão

Conforme divulgado pelo DN Brasil nesta semana, ainda não há uma data definida para o início do funcionamento da possibilidade de entrada em Portugal sem visto e o pedido de título de residência com base no acordo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Segundo António Leitão Amaro, ministro da Presidência, "a abertura do canal CPLP será feita com responsabilidade, quando tivermos certeza da capacidade de resposta", afirmou ao ser questionado pelo DN Brasil sobre o tema.

O ministro esteve presente, nesta sexta-feira (17), na grande conferência em comemoração aos 160 anos do Diário de Notícias. Durante sua participação, reiterou que a imigração de cidadãos brasileiros e de outros países da CPLP é uma prioridade para o atual Governo. Contudo, ressaltou que o Executivo não pretende "repetir o erro do passado, abrindo portas para algo vazio", enfatizou António Leitão Amaro.

Antes de implementar na prática a entrada de cidadãos CPLP em Portugal para solicitar autorização de residência, será realizada a renovação dos documentos daqueles que já possuem o título. "Vamos analisar como podemos utilizar a estrutura de missão", mencionou o ministro, referindo-se ao mecanismo planejado para a coleta de dados biométricos.

António Leitão Amaro estima que esse processo será concluído "ainda neste trimestre" ou, no mais tardar, "certamente neste semestre", utilizando a referida estrutura de missão. Serão convocados mais de 150 mil imigrantes, em sua maioria brasileiros, para comparecerem aos balcões da AIMA, que estarão operando até o verão.

Com essa renovação, o atual documento no formato de folha A4 será substituído por um título de residência idêntico aos demais, com validade de dois anos e possibilidade de circulação pelo Espaço Schengen. O plano foi anunciado pelo Governo atual logo após sua posse no ano passado.

Fonte: DN Brasil